sábado, 3 de novembro de 2007
Sêde, o que é isso?
Isso é o leito do rio Paramirim no sertão baiano.
Água?
Os guris que moram debaixo da ponte onde a foto foi tirada estão carregando de uma poça, para matar a sêde deles e dos outros irmãos, pai e mãe. Desempregados e sem ter onde ir buscar o sustento da prole.
Vida?
Experimente nas próximas férias visitar o sertão de qualquer estado do país e sair pelo mundo afora sem água nem dinheiro no bolso. Voce vai saber que vida você vive e vai valorizá-la tanto que vai lembrar de cada matutinho seco e de pés rachado que encontrar por muito tempo em sua vida.
Moral da história: "pimenta no c... dos outros é refresco no seu!!!"

Em que transformamos nossos moradores mais antigos?
Fizemos da maioria deles "brancos" disfarçados de índios, forçamos eles, que moravam no mato e viviam da caça e da pesca, a vir para as já apodrecidas metropólis, prometendo qualidade de vida! Hoje os carinhas estão sumindo, virando consumidores de celulares, filmadoras e jeans - bom para a economia, ne?
Já não encontramos mais candidatos a pajés para substituir os já velhos.
Os garotões fortes, quando não morrem de doenças desconhecidas de seus pajés, como alcolismo e aids, se mudam para as cidades dos brancos e desaprendem suas culturas, absorvendo às mazelas do materialismo escroto desse nosso mundo e do que resta da nossa vida "evoluída". Se marginalizam para sobre-viver bebendo cachaça até cair, fumando Holliwood, e de vez enquando sendo queimados vivos por "boyzinhos" de Brasília. Quando não, ganham uns trocadinhos cobrando pedágios nas reservas e saindo na Globo, até virarem escravos dos escravos desse imundo imperialismo americano.
Ah! e quando o tio San resolver invadir nossa Amazônia com a desculpa de "tomar conta" do restinho do reservatório de ar e água de nossa sofrida latinidade? Não veremos pmais pela tv e sim pela janela, Yankes em seus Hummers de rayban cobrindo seus belos olhos azuís. Vai ser o máximo. Teremos "acesso" a cultura e bens do primeiro mundo, como escravos, mas teremos!
Aproveitem pais de amanhã, guardem muitas fotos e os filmes dos índios e da maior floresta tropical do mundo para que seus filhos possam se não conhecer, pelo menos ver como era a espécie que comia farinha com peixe, vivia nua e que virou peça de museu e parte sentimental nos discursos inflamados dos políticos em época de eleição.
Tamos fud... mesmo!
Se nem os índios conseguimos respeitar, imaginem os próprios da nossa " raça superior"???
Ah! Aproveitem também para gardar imagens das enormes florestas que um dia já serviram de casa para os aborígenes americanos, pois junto com seus moradores elas, as árvores, os frutos as folhas e os bichos, também já estão de partida para o fim.
E quando desconcertantemente precisarem saber quem fez isso...empurrem com a barriga e redirecione as indagações aos mestres de teorias complexas sobre sobrevivencia no século 21 que aparecem no jornais justificando e prevendo o lógico. Certamente eles dirão que foi a globalização, a modernidade, ou até o preço para a "evolução", mas isso não os atinge, estarão bem distantes da consequencia em seus condomínios e carrões importados, nada os atinge, será? Só não esqueçam de pedir para eles um pouquinho de ar puro e água limpa, fruta e peixe fresco, sem conservantes, agrotóxicos em caixinhas longa vida. Vida longa a quem sobreviver!!!
É o fim do mundo, dos índios e da natureza, estamos acabando com o que DEUS passou anos para criar e aperfeiçoar.
Viva a soja, os móveis de luxo, os anéis de brilhantes e os cremes para rugas infalíveis...
Isso é ser moderno, evoluido, cabeça.
E os índios...ah! como eles são bonitinhos em suas saias de palhas de árvores e dançando tão bem o Toré(o que mesmo isso?)
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Divagando pelo mundo...

Divagando pelo mundo...

Aqui se vê o Rio Paraguaçu que banha o município de Maragojipinho, Bahia. Um dos maiores parques de criação e exportação artesanal do Brasil, banhado pelo rio mais importante da Bahia, nascido na Chapada Diamantina e que vem sofrendo muito com a violenta degradação pelo o homem por todo o seu leito até e principalmente na sua foz nas proximidades de Salvador.
Divagando pelo mundo...
Divagando pelo mundo...

Divangando pelo mundo...
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